15 fevereiro 2016

O que é gramática prescritiva?





Gramática prescritiva ou normativa apresenta as regras determinadas para uma língua qualquer. As normas gramaticais são prescritas com o intuito de que os seus usuários a utilizem, de modo adequado, nas diferentes situações de comunicação, no que tange à fala e à escrita. Impõe-se um padrão que deve ser respeitado e seguido por todos.
Chama-se gramática normativa a gramática que busca ditar ou prescrever as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correta de realização da língua e categorizando as outras formas possíveis como erradas.

O que é gramática

O termo “Gramática” é usado em acepções distintas, referindo-se quer ao manual onde as regras de regulação e uso da língua estão explicitadas, quer ao saber que os falantes têm acerca da sua língua materna.
Estas duas acepções distintas remetem aos conceitos de Gramática Prescritiva ou Normativa, que impõem determinados comportamentos linguísticos como corretos, marginalizando outros que não se enquadram nos padrões indicados por essas.

Gramática prescritiva e gramática descritiva

As gramáticas prescritivas ou normativas são manuais que ditam (prescrevem) as regras linguísticas (fonológicas, morfológicas, semânticas e sintáticas) da variedade-padrão de uma língua.
Têm como principal objetivo ensinar a falar e a escrever corretamente, sendo que são consideradas corretas as formas linguísticas da variedade de prestígio de uma língua − a norma-padrão.
Paralelas, existem as chamadas gramáticas descritivas, que têm o objetivo de descrever o funcionamento de uma língua; nelas é feita uma descrição das estruturas usadas pelos falantes de uma língua, independentemente de estas serem ou não consideradas corretas pela norma-padrão.

Exemplos de gramática prescritiva

Exemplo 1
Para a prescritiva, a frase “Este é o bolo de que eu gosto” é correta e a frase “Este é o bolo que eu gosto” é errada. Já a descritiva, reconhece as duas colocações.
Cabe enfatizar, também, que todos os falantes, independentemente dos conhecimentos inerentes à norma padrão que possuem, utilizam a informalidade por meio da adequação a determinadas situações de comunicação, em que se encontram inseridos.
Exemplo 2
Sendo assim, a frase “Me dá um copo com água, por favor?”, por exemplo, é frequentemente pronunciada. Ninguém se expressa formalmente o tempo todo, visto que as circunstâncias é que definirão a forma adequada.
É importante lembrar que a instituição de um conjunto de normas que rege a língua permite a inserção do indivíduo em práticas sociais mais formais. Porém, as regras não podem se restringir a si mesmas, uma vez que há a diversidade linguística presente no país, manifestada em seus dialetos.

Gramática prescritiva nos dias atuais

O ensino da Língua Portuguesa, ao longo de sua história, caracterizou-se, sobretudo, pela disseminação das regras gramaticais, em consonância com a essência da Gramática Prescritiva.
A recomendação atual orienta para um trabalho pedagógico centrado na abordagem dos diferentes gêneros de texto, sugerindo que a gramática seja contemplada, tomando como referência o texto. Afinal, toda a comunicação se realiza por meio de um texto.
O conhecimento da norma culta é importante, sim. Mas, não podemos ter preconceito em relação àqueles que, por um motivo ou outro, não dominam o padrão. Respeitar a diversidade, que enriquece o nosso idioma, é reconhecer que a língua é muito mais que um padrão.
Resumindo: usando a Língua Portuguesa na linguagem mais formal e acadêmica, deve-se usar a gramática prescritiva; já na linguagem coloquial, do dia a dia, o que rege é a gramática descritiva.
Matéria publicada: canaldoensino.com.br

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